30/11/2020

Roxos dos Tempos (I)

Violetas selvagens (talvez da espécie Viola suavis)




17/11/2020

Do mito de Narciso (II)

Narcissus tazetta




«Quando Narciso morreu, o seu lago de prazer passou de uma taça de doces águas para um cálice de lágrimas salgadas, e as Ninfas dos Montes lamentaram-se, enquanto atravessavam os bosques, no seu dever de cantar ao lago e reconfortá-lo. E quando elas viram que o lago tinha mudado de uma taça de doces águas para um cálice de lágrimas salgadas, soltaram as tranças verdes dos seus cabelos e choraram para o lago, dizendo-lhe: «Não estamos admiradas que mergulhes dessa maneira no luto por Narciso, tão belo ele era.» «Mas, o Narciso era belo?», perguntou o lago. «Quem o poderá saber melhor do que tu?», responderam as Ninfas. «Por nós passou ele sempre mas foi por ti que procurou e se deitou nas tuas margens e olhou para ti. E foi no espelho das tuas águas que reflectiu a sua própria beleza.» E o lago respondeu: «Mas eu amei Narciso porque enquanto ele se alongava sobre as minhas margens e olhava para mim, em baixo, no espelho dos seus olhos, eu vi sempre a minha beleza reflectida.» 
(Oscar Wilde In: Poemas em prosa / trad. Possidónio Cachapa. Lisboa: Cavalo de Ferro, 2003, p. 20)

13/11/2020

Do mito de Narciso (I)

Narcissus pseudonarcissus subsp. pseudonarcissus (narciso-trombeta)
"Narciso era um belo rapaz que todos os dias ia contemplar a sua própria beleza num lago. Estava tão fascinado por si mesmo que certo dia caiu dentro do lago e morreu afogado. No lugar onde caiu, nasceu uma flor, a que chamaram narciso."

06/11/2020

Bálsamos

Carpobrotus edulis